sexta-feira, 6 de junho de 2014

Linux Parte 3

E aí pessoal, tudo bem? Bom nessa parte 3 sobre o Linux falaremos um pouco mais sobre os motivos do linux ser o que é hoje. Vamos falar sobre a sua licença.


Licença GPL:

A licença GPL permite que o autor distribua livremente o seu código, oferecendo assim 4 liberdades:

1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades;
3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles.

Em outras palavras, todos podem utilizar, modificar e redistribuir o software (e inclusive as modificações), contanto que tudo isto seja feito respeitando e mantendo a mesma licença GPL. Isso permite que o software nunca seja fechado, assim pessoas mal-intencionadas não podem fazer uso desleal do código.

O GNU é algo bem interessante, então vamos falar um pouco sobre ele também.

Projeto GNU:

O Projeto GNU foi o berço do software livre. Iniciado em 1984 e idealizado por Richard Stallman, seu propósito era criar um sistema operacional livre, de código aberto. Stallman começou com a ideia criando o editor de textos emacs, que foi muito bem recebido ao seu redor, depois contemplando o projeto com outros pedaços de software como o compilador gcc. Depois de algum tempo, o projeto 
GNU tinha todas as ferramentas prontas para os usuários utilizarem, mas faltava apenas uma coisa: o kernel. Sem um kernel próprio e livre, o ideal de software livre do projeto GNU não poderia ser alcançado. O kernel escolhido para ser utilizado no sistema operacional GNU é o GNU HURD, um tipo de micro-kernel que havia sido iniciado em 1990. Porém, a implementação deste kernel nunca andou muito rápido. Por essa razão, um estudante da Finlândia chamado Linus Torvalds criou um kernel chamado Linux e utilizou todas as ferramentas do projeto GNU nele. Como o kernel era livre, rapidamente as pessoas ao redor do projeto GNU começaram a utilizá-lo e apesar de não ser considerado oficial, o Linux acabou se tornando o kernel principal do sistema GNU. Por essa razão, muitas pessoas utilizam o termo “GNU/Linux” para chamar o sistema operacional que tem como kernel o Linux e muitas de suas ferramentas básicas do projeto GNU. Essa questão é bastante polêmica e gera muitas controvérsias, pois atualmente não se usa apenas as ferramentas GNU: as distribuições possuem vários outros programas de diversos projetos diferentes. Eric Raymond afirma, no Jargon File, que a proposta da FSF só conseguiu a "aceitação de uma minoria" e é resultado de uma "disputa territorial". Linus Torvalds afirma que consideraria "justo" que tal nome fosse atribuído a uma distribuição do projeto GNU, mas que chamar os sistemas operacionais Linux como um todo de GNU/Linux seria "ridículo". Linus disse não se importar sobre qual o nome usado, considera a proposta da GNU como "válida" ("ok") mas prefere usar o termo "Linux".

Vamos falar agora sobre os padrões de distribuição que é fundamental.

Seguindo os Padrões:

Quando centenas de distribuições começaram a aparecer, cada uma estava fazendo tudo do seu jeito. Apesar da liberdade de escolha ser algo bom, a falta de padrões poderia por em risco a utilização das distribuições Linux em geral, pois umas acabariam se tornando totalmente incompatíveis com as outras, como se fossem sistemas operacionais totalmente diferentes. Para resolver esta questão, criou-se alguns padrões que as distribuições procuram seguir para manter a interoperabilidade intacta:

·         FHS – Padrão que especifica a localização de arquivos e diretórios, juntamente com a especificação de qual seus papéis no sistema operacional.
·         LSB – Um tipo de extensão ao FHS, que fornece modelos de teste para as distribuições possuírem a garantia de seguidoras do padrão LSB. Com esta garantia, as distribuições garantem que quando seguirem o padrão LSB, irão ser interoperáveis: ou seja, as aplicações que funcionam em uma funcionarão em todas.



Até a próxima parte galera.

Fonte:
Linux para Concursos. Disponível em <http://www.paulobarbosa.com.brdownloadslinux.pdf>.
Augusto Campos. O que é Linux. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006. Disponível em <http://br-linux.org/faq-linux>.
O que diabos é o Linux?. Disponível em <http://virtualt.forumr.net/t55-resumo-sobre-o-linux>.
Linux, Wikipédia, a Enciclopédia Livre. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux>.
João Antônio, Sistema Operacional Linux. Disponível em <http://horustech.info/mat/apostilaLINUX2.pdf>.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Foi a partir do GNU que o Sistema Operacional Linux surgiu? Todas as Distribuições do Linux faz uso do GNU?

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    2. Primeiro o Linux é um Kernel (núcleo) e o sistema era o GNU, quando o linux surgiu decidiram fazer a combinação entre os dois, formando assim o GNU/Linux. Novos SO do Linux (GNU/Linux) são variantes do sistema GNU, e que os usuários destes sistemas são tanto usuários GNU como usuários Linux (usuários do kernel do Linux).

      Só o kernel GNU/Linux não é suficiente para se ter um sistema funcional, mas é o principal.
      Existem grupos de pessoas, empresas e organizações que decidem “distribuir” o Linux junto com outros aplicativos (como por exemplo editores gráficos, planilhas, bancos de dados, ambientes de programação, formatação de documentos, firewalls, etc).
      Este é o significado essencial de distribuição.
      Então disdribuições seria tipo um upgrade para o sistema GNU/Linux.

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