terça-feira, 29 de julho de 2014

Linux Parte 8



Olá pessoas, prontos para a 8ª parte? Então vamos lá, nessa parte iremos se aprofundar sobre as Normas que são padrões para distribuições do linux, por meio dela vamos conhecer também sobre o LSB e FHS, então aproveitem bem esse nosso estudo. (= ^ _ ^ =)

Normas:

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela grande maioria dos usuários e empresas que utilizam o sistema GNU/Linux como falado em um tópico anteriormente é a questão da “falta de padronização” entre as diferentes distribuições existentes. Isto se deve ao fato da existência de seus conceitos e ideias próprias e diferenciadas. Muitos utilitários especiais se encontram presentes somente em algumas, noutras existem diversas estruturas diferenciadas, além de muitas outras mudanças para a sua própria satisfação.

Face aos problemas causados por estas diferenças conceituais, foi desenvolvido um conjunto de normas e especificações técnicas que visam definir padrões para eliminar – ou ao menos, minimizar – as incompatibilidades existentes entre as distribuições.

Existem diversas normas e especificações técnicas, todas defendendo os mesmos objetivos de compatibilidade e padronização. Destas, destaca-se a Linux Standard Base ou LSB como falado no tópico sobre padronização das distribuições.

Linux Standard Base:

Antigamente, devido ao auxílio de diversos voluntários espalhados no mundo inteiro para o seu desenvolvimento, as distribuições GNU/Linux utilizavam os mais variados recursos de desenvolvimento e implementação com uma liberdade tal que em diversos aspectos tornavam-se distintas e até mesmo incompatíveis. Isto gerou enormes dificuldades de utilização, culminando em uma grande convergência de padrões.

Para sanar estas deficiências ou ao menos, minimizar estes problemas, foi criada uma nova norma chamada LSB – Linux Standard Base –, que especifica um conjunto padrões e requerimentos visando obter ou melhorar a compatibilidade entre as distribuições GNU/Linux existentes no mercado.

Requerimentos da LSB:

Dentre alguns requerimentos da LSB, destacam-se as seguintes categorias em que as suas definições deverão ser seguidas à risca para que uma distribuição possa ser certificada pelo padrão:

O sistema de hierarquia de arquivos regidos pela FHS;
A compatibilidade binária (ELF libs);
As ferramentas de gerenciamento de programas (RPM);
O interpretador de comandos (BASH);
O método de inicialização (System V);
As variáveis de ambiente;
Bibliotecas, ferramentas e APIs;
O Kernel (Linux) e as especificações técnicas de arquitetura;
O (rigoroso) sistema de gerenciamento de usuários;
A definições de línguas e aspectos regionais;
entre outros aspectos importantes.

Lembrando que o padrão e suas especificações estão em constantes aprimoramentos, onde uma das recomendações que deixo é consultar a página oficial e estar atento para com as melhorias realizadas.

Objetivos (e Vantagens) da LSB:

Além da difícil meta de padronização conforme já dito anteriormente, dentre os outros principais objetivos almejados pela LSB, destacam-se:

Tornar todos os aplicativos aptos a serem suportados pelas distribuições que se encontram em conformidade com os padrões pré-estabelecidos por ela; na prática poderemos utilizar as aplicações da distribuição X na distribuição Y, desde que obedeçam aos critérios acima especificados;
Facilitar a vida dos profissionais que lidam com os sistemas GNU/Linux, evitando maiores dificuldades de se adaptarem em virtude das diferentes implementações de recursos técnicos;
Prover maior segurança, agilidade e redução de custos para as empresas que optam por manter estações de trabalho com sistemas GNU/Linux, em virtude do alto custo e baixa qualidade do suporte técnico – outra das grandes barreiras que impedem a sua adoção;
Auxiliar ao desenvolvimento de materiais técnicos e didáticos, que atualmente focam uma única ou um pequeno conjunto básico de distribuições específicas.

Ao contrário de muitos boatos e rumores, a LSB somente estabelece um núcleo de recursos e capacidades que deverão ser adotados pelas distribuições que desejam a certificação, e NÃO como estas deverão ser construídas. Na prática, todos estes sistemas continuarão tendo a liberdade de implementar suas melhorias conforme melhor considerarem, porém, deverão seguir algumas normas e padrões técnicos pré-determinados.

SOBRE A FHS:

A norma FHS – Filesystem Hierarchy Standard – é um conjunto de requerimentos técnicos que visam estabelecer normas e padrões para a estrutura do sistema de arquivos Unix, derivados e clones. A versão mais recente das especificações do FHS é a 2.2, de 24 de maio de 2001.

Segue abaixo um simples resumo dos principais diretórios localizados na raiz, que compõe a estrutura do sistema, além de suas utilizações, para que possamos ter uma noção básica do que se propõe.

/bin: binários com os comandos essenciais para os usuários;
/boot: arquivos estáticos para a inicialização de sistema;
/dev: devices para o acesso aos dispositivos do sistema;
/etc: arquivos-textos com definições para a máquina local;
/home: arquivos pessoais dos usuários;
/lib: bibliotecas compartilhadas e módulos;
/mnt e /media: pontos de montagem para o uso de dispositivos de armazenamento (zip-drives, CD/DVD-ROMs, flash-memory, etc);
/opt: diretório para a manutenção de antigos programas;
/proc: sistema de arquivo virtual com informações de processos do kernel;
/root: diretório do superusuário;
/sbin: binários essenciais para a administração;
/srv: armazenamento de informações relacionadas a serviços;
/sys: informações sobre o suporte aos dispositivos de hardware;
/tmp: armazenamento de arquivos temporários;
/usr: aplicativos e utilitários do sistema;
/var: informações variáveis.

Como puderem ver, as normas são essenciais para sempre manter um padrão, espero que tenham gostado, até mais. (。・ω・)ノ゙

Fonte:
Ednei Pacheco de Melo, Os Sistemas GNU/Linux.

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